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Policial Penal publica artigo em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente

Policial Penal publica artigo em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente

 

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 5 de junho, em homenagem à Conferência de Estocolmo (Suécia), realizada em 1972, com o objetivo de conscientizar a população e os governantes sobre a importância da preservação dos nossos recursos e da necessidade de leis que garantam o desenvolvimento sustentável, ou seja, que garantam a preservação de recursos naturais não apenas para a geração atual, mas também para gerações futuras.

Em artigo, A Mata não Mata – Por uma consciência ambiental no sistema penitenciário, a Policial Penal Eneida Eloisa Portela Bloizi, Bióloga, Perita e Auditora Ambiental, nos propõe uma reflexão: “Por que não articular uma consciência verde voltada ao sistema prisional brasileiro?”

É de extrema importância, que evidenciamos o nosso compromisso para um mundo mais sustentável e um sistema prisional humanizado que publicamos este artigo.

Então, boa leitura!

 

A Mata não Mata 
Por uma consciência ambiental no sistema penitenciário

De um lado a mata, do outro o cárcere. A mata que não mata, apenas nutre, derrama-se em nascentes, riachos, sementes, frutos diversos, solo fértil e fauna abundante. Enquanto o cárcere chora, sangra, promove a escassez de sonhos, desagrega famílias e blinda sentimentos.

Assim, mesmo que neste paradoxo entre a mata e o cárcere, diria que NUMA SÓ TERRA e num mesmo ambiente se desenvolvem as vidas de todas as criaturas que habitam o Complexo da Mata Escura.

À luz de tais considerações iniciais, já que no dia 5 de junho, comemora-se o dia mundial do meio ambiente, cabe aqui uma reflexão: Por que não articular uma consciência verde voltada ao sistema prisional brasileiro?

Por que não integrar a mata ao complexo mundo penitenciário? Por que não fertilizar o que era estéril e germinar a semente da vida nos que estão aprisionados?

A ação que propomos é integrar a grade curricular do curso de formação dos novos policiais penais ao tema Meio Ambiente, extensiva a todos que já estão no sistema, a fim de causar um impacto socioambiental positivo na estrutura das unidades prisionais, transformando o ambiente hostil numa arquitetura menos densa e mais verde.

Portanto, para conquistar um espaço verde e um comportamento limpo e sustentável dentro das unidades prisionais faz-se necessário implantar políticas públicas arrojadas no âmbito da educação ambiental.

O intuito é tornar as unidades mais limpas, verdes e agradáveis para os servidores, funcionários e os que ali estão custodiados, bem como transformar o cenário hostil de uma arquitetura concretada, numa paisagem mais verde e menos densa, minimizando a poluição visual e a rigidez no aspecto do ambiente prisional.

Importante destacar que para haver uma conexão da natureza com o cárcere, uma série de atitudes transformadoras dentro desse ambiente se faz necessário, tais quais: Reduzir o descarte dos resíduos orgânicos e não orgânicos e mitigar a poluição visual na estrutura física das unidades prisionais, dentre outras.

Tudo isso, a partir de uma educação ambiental que prime pela sustentabilidade.

Ainda com o foco nas políticas prisionais voltadas ao meio ambiente, é de fundamental importância o  aumento da atividade laboral dos presos nas hortas e no paisagismo dos jardins. O resultado positivo de tais ações no cenário atual é formidável, cabendo destacar a redução do ócio dos encarcerados e sua inserção nas ações positivas de ressocialização.

Se dermos passos firmes nesta direção, a sociedade irá agradecer a transformação do sistema prisional em unidades sustentavelmente limpas e verdes.

Ora, se saúde ambiental é sinônimo de saúde pública e o sistema prisional é sustentáculo da segurança pública, conclamamos os policiais penais para, de olho no futuro, construir uma relação harmônica com o meio ambiente. Vamos combater o mundo penitenciário imundo, sem cor, sem VERDE e dizer sim a qualidade de vida para o planeta.

Eneida Eloisa Portela Bloizi
Policial Penal/Bióloga-UESB /Perita e Auditora Ambiental-UNINTER

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