Drogas ilícitas, aparelhos celulares e armas brancas são apreendidas por Policiais Penais nesta sexta-feira(13 )
De acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários(Sinspeb),o Conjunto Penitenciário de Salvador é “casa de mãe Joana”, pois a ausência de muros, de sistema de monitoramento por câmera e de bloqueadores de celulares facilita a entrada de material ilícito “entra e sai quem quer e levando o que quiser”, denuncia o sindicato
Na manhã desta sexta-feira(13), Policiais Penais que trabalham na Cadeia Pública I, pertencente ao Conjunto Penitenciário de Salvador, localizado na Mata Escura, conseguiram apreender drogas ilícitas, armas brancas e aparelhos celulares que foram arremessados em formato de “bolas” e envolvidos em um material semelhante à uma rede que é “puxada” ou “pescada” pelos presidiários, a atividade é conhecida nos presídios como ” pescaria”.
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sinspeb), Reivon Pimentel, destaca que problemas estruturais do Conjunto Penitenciário como a ausência de muros, cercas e qualquer tipo de contenção, falta de investimento tecnológico, escassez de Policiais Militares nas guaritas e passarelas das unidades,facilitam a entrada dos ilícitos. Segundo o último levantamento feito pelo sindicato, menos de 20% das guaritas estão sendo guarnecidas por propostos da Polícia Militar. ” Qualquer pessoa que queira entrar pela Mata Escura, Sussuarana ou Gal Costa tem acesso livre para arremessar diversos tipos de lícitos, inclusive, armas brancas e armas de fogo. O Conjunto Penitenciário de Salvador é uma verdadeira casa de mãe Joana entre e sai quem quer, levando o que quiser”, denuncia o sindicalista, ao salientar que a Vigilância Perimetral da unidade é de responsabilidade da Polícia Militar e a PM alega não ter efetivo suficiente para desempenhar a fiscalização.
O presidente do Sinspeb enfatiza a necessidade, em caráter emergencial, da realização de Concurso Público pelo Governo do Estado para nomeação de novos Policiais Penais para que possam suprir o déficit de efetivo que existe nas unidades prisionais da Bahia. “É uma situação crítica que requer solução o mais breve possível, pois nos encontramos em um quadro que facilita totalmente as rebeliões e fugas, além de colocar a vida dos Servidores Penitenciários em risco e também a segurança da sociedade civil baiana”, frisa Reivon Pimentel.
Ascom Sinspeb