Sindicato afirma que diretora da Central Médica Penitenciária “abandonou” a unidade em plena pandemia do Coronavírus

Segundo o Sinspeb, a gestora além de ser “totalmente ausente” na Central Médica, desrespeita o contrato de dedicação exclusiva ao fazer “bico” em empresa terceirizada

Em nota enviada à imprensa, o Sindicato dos Servidores Penitenciários(Sinspeb)
denuncia a “ausência” e “abandono” da Central Médica Penitenciária pela atual diretora Maria Teresa Resende. O sindicato salienta que nesse cenário de pandemia do Coronavírus, a Central Médica Penitenciária “é imprescindível e ganha o papel de protagonismo haja vista ser de sua competência todas as ações de saúde do setor”.
Segundo o Sindicato dos Servidores Penitenciários, a gestora responsável pela Central Médica “está sempre ausente, não resolve os problemas básicos de sua unidade, os profissionais de saúde reclamam da precária estrutura e da falta de materiais básicos como máscaras, luvas e álcool em gel. Criticam a falta de um protocolo a ser utilizado pelos profissionais frente à crise que acaba impedindo que as condutas sejam padronizadas fato este que expõe os policiais e demais profissionais e os presos ao risco de contaminação com a COVID-19”, pontua o Sinspeb através da nota.

A nota afirma que não houve, por parte da diretora da Central Médica Penitenciária “nenhuma manifestação que pudesse orientar e padronizar o atendimento dos reclusos onde hoje seguramente é o local com maior aglomeração de pessoas, com aproximadamente 3.800 presos no Complexo Penitenciário mais os policiais penais e militares, além de todos os demais colaboradores”, frisa a diretoria do Sindicato dos Servidores Penitenciários.
O Sinspeb destaca que, foi verificado no site da Socializa (www.socializabrasil.com.br), empresa privada que administra algumas unidades prisionais do Estado, uma matéria onde a Dra Maria Teresa é apresentada como médica da unidade e que ministra palestras para os funcionários da empresa. O Sindicato dos Servidores Penitenciários destaca que está esclarecido “o motivo “da ausência contumaz da diretora na Unidade de Saúde para qual foi nomeada e que deveria gerir com dedicação exclusiva. Encontrada a razão para aquela unidade de saúde estar em estado de abandono”.

Na nota o Sindicato questiona o desrespeito da atual diretora da Central Médica ao cargo de dedicação exclusiva. “Como pode uma servidora pública nomeada para cargo de dedicação exclusiva estar trabalhando para empresa terceirizada que tem contrato com a SEAP?”
Desse modo, os Policiais Penais solicitam ao Secretário Nestor Duarte que tome providências, em caráter de urgência, relativas aos materiais indispensáveis à proteção dos servidores e aguardam um plano de ação para evitar a ploriferação do Coronavírus no ambiente prisional.
O Sindicato dos Servidores Penitenciários chama a atenção do governador do Estado para essa “imoralidade” que vem ocorrendo na Central Médica Penitenciária, unidade da SEAP, em plena pandemia do Coronavírus.
Obs: Nas fotos acima a gestora ministra palestra para empresas terceirizadas
Ascom Sinspeb
